Com direção de Marco Antônio Rodrigues e texto do argentino Mauricio Kartun, a tragicomédia conta com Celso Frateschi, Dagoberto Feliz, Sergio Siviero e Demian Pinto no elenco.
Baseado na história bíblica de Caim e Abel, dois irmãos que vivem às brigas competindo tanto pela atenção do “pai” quanto pela propriedade, é o argumento de Terrenal - Pequeno Mistério Ácrata. A direção é de Marco Antônio Rodrigues, com tradução de Cecília Boal e um elenco composto por Celso Frateschi, Sergio Siviero, Dagoberto Feliz e Demian Pinto, que faz a trilha ao vivo no espetáculo.
Por meio de uma linguagem cênica que prioriza a comicidade, a tragicomédia e a metateatralidade, Terrenal poetiza sobre a história de ódio entre dois irmãos, e aponta, em um pano de fundo, conflitos sociais. O texto bíblico do livro de Gênesis narra o que é considerado o primeiro assassinato do mundo, mas Kartun aproveita este mito e vai além – usa esta potência do conflito para falar de assuntos contemporâneos que envolvem justiça, riquezas e visão de mundo.
Na montagem dirigida por Marco Antônio Rodrigues, os atores são artistas populares que encenam um espetáculo sobre Caim e Abel. Com recursos circenses, essa metateatralidade aponta para metáforas contemporâneas de nossa sociedade, como um Caim (Dagoberto Feliz) fixado em sua terra, acumulador de bens e moral. Já Abel (Sergio Siviero) é o nômade, sem muitas ambições além de ‘pastorear’ suas minhocas, é o paradoxo do irmão. Tata (Frateschi) é o pai de ambos, dual, carrega em si o caráter libertário e opressor, é aquele que os abandonou por 20 anos, mas também é aquele que volta e festeja.
O texto original é de Mauricio Kartun - considerado um dos mais importantes dramaturgos da Argentina e uma referência no teatro latino-americano. Com mais de quatro décadas de carreira, desde sua estreia, com Civilización… ¿o barbarie? (1973), o artista tem realizado trabalhos marcados pelo compromisso com a atualidade política de seu país, além de um texto que flerta com a mitologia clássica. Terrenal foi traduzido para o português por Cecília Boal, viúva de Augusto Boal, principal liderança do Teatro de Arena (SP) na década de 1960, criador do teatro do oprimido, metodologia internacionalmente conhecida que alia teatro e ação social.
O dramaturgo fez parte do grupo teatral argentino El Machete, que encenou em 1973 na extinta Sala Planeta em Buenos Aires a peça Ay, Ay! No hay Cristo que aguante, no hay! adaptação de “Revolução na América do Sul”, com a direção de Augusto Boal.
Desde a sua estreia em terras portenhas em 2014, Terrenal tem se mostrado um fenômeno da cena teatral independente da argentina. São mais de 65 mil espectadores e dezenas de premiações, como os argentinos Prêmio de Crítica da Feira do Livro, pelo texto, e o Prêmio da Associação de Cronistas de Espetáculos (melhor obra). O Instituto Augusto Boal é o idealizador e a Associação Cultural Corpo Rastreado e a DCARTE são coprodutoras do espetáculo.
Ficha Técnica
Texto Mauricio Kartun
Tradução Cecília Boal
Direção Marco Antonio Rodrigues
Elenco Celso Frateschi, Dagoberto Feliz, Sérgio Siviero e Demian Pinto
Direção musical Demian Pinto
Assistente de direção Tiago Cruz
Preparação musical Marcelo Zurawski
Preparação Corporal Esio Magalhães
Assessoria de mágicas Rudifran Pompeu
Cenário e Figurinos Sylvia Moreira
Contrarregra Guilherme Magalhães
Visagismo Kleber Montanheiro
Design de luz Túlio Pezzoni
Operador luz João Piagge
Design de som Gabriel Hernandes
Operadora som Monique Carvalho
Fotografias Leekyung Kim
Assessoria de imprensa Márcia Marques
Redes Sociais DCARTE
Designer Gráfico Zeca Rodrigues
Cenotécnicos Zé Valdir e Marcelo Andrade
Gestão de Projetos DCARTE e Corpo Rastreado
Administração Corpo Rastreado e DCARTE
Direção de produção e executiva Danielle Cabral e Gabi Gonçalves
Idealização Instituto Boal
Recomendação 16 anos
90 min
TEATRO RAUL CORTEZ
Rua Dr. Plinio Barreto, 285 - Bela Vista - SP
Ponto de Venda Sem Taxa de Conveniência: Teatro Raul Cortez
Informações: 11 3254.1631
Horário de funcionamento: terça e quarta das 15hs às 20hs e quinta á domingo das 15hs até horário do espetáculo.
Entrou em vigor em 01/12/2015 decreto nº 8.537 de 5 de Outubro de 2015 que regulamenta a nova Lei da Meia Entrada (Lei nº 12.933/2013) que assegura em 40% (quarenta por cento) do total dos ingressos disponíveis para cada evento sejam destinados à meia-entrada.
Lotação do Teatro Raul Cortez: 513 lugares
(CAPACIDADE incluindo as cadeiras extras – 539 LUGARES)
40% da lotação destinado à meia - entrada: 216 lugares